SEJAM BEM-VINDOS AO MEU BLOG! Nele pretendo guardar exemplos de todas as atividades que encontro na NET e de exemplos que deram certo ao longo desses anos como educadora. No meu BLOG pretende ser um ponto de partilha. Naveguem a vontade...
sábado, 30 de abril de 2011
24 COISAS QUE VOCÊ NÃO PODE MORRER SEM SABER !!!
01 - O nome completo do Pato Donald é Donald Fauntleroy Duck.
02 - Em 1997, as linhas aéreas americanas economizaram US$ 40.000 eliminando uma azeitona de cada salada.
03 - Uma girafa pode limpar suas próprias orelhas com a língua.
04 - Milhões de árvores no mundo são plantadas acidentalmente por esquilos que enterram nozes e não lembram onde eles as esconderam.
05 - Comer uma maçã é mais eficiente que tomar café para se manter acordado.
06 - As formigas se espreguiçam pela manhã quando acordam.
07 - As escovas de dente azuis são mais usadas que as vermelhas.
08 - O porco é o único animal que se queima com o sol além do homem.
09 - Ninguém consegue lamber o próprio cotovelo, é impossível toca-lo com a própria língua.
10 - Só um alimento não se deteriora: o mel.
11 - Os golfinhos dormem com um olho aberto.
12 - Um terço de todo o sorvete vendido no mundo é de baunilha.
13 - As unhas da mão crescem aproximadamente quatro vezes mais rápido que as unhas do pé.
14 - O olho do avestruz é maior do que seu cérebro.
15 - Os destros vivem, em média, nove anos mais que os canhotos.
16 - O 'quack' de um pato não produz eco, e ninguém sabe porquê.
17 - O músculo mais potente do corpo humano é a língua.
18 - É impossível espirrar com os olhos abertos.
19 - 'J' é a única letra que não aparece na tabela periódica.
20 - Uma gota de óleo torna 25 litros de água imprópria para o consumo.
21 - Os chimpanzés e os golfinhos são os únicos animais capazes de se reconhecer na frente de um espelho.
22 - Rir durante o dia faz com que você durma melhor à noite.
23 - 40% dos telespectadores do Jornal Nacional dão boa-noite ao William Bonner no final.
24 - Aproximadamente 70 % das pessoas que lêem este e-mail, tentam
lamber o cotovelo.
Psicologia, 1959 X 2010
Cenário 1: João não fica quieto na sala de aula. Interrompe e perturba os colegas.
1959: É mandado à sala da diretoria, fica parado esperando 1 hora, vem o diretor, lhe dá uma bronca descomunal e volta tranquilo à classe.
2010: É mandado ao departamento de psiquiatria, o diagnosticam como hiperativo, com transtornos de ansiedade e déficit de atenção em ADD, o psiquiatra lhe receita Rivotril. Se transforma num Zumbí. Os pais reivindicam uma subvenção por ter um filho incapaz.
> _____
>
Cenário 2: Luis quebra o farol de um carro no seu bairro.
1959: Seu pai tira a cinta e lhe aplica umas sonoras bordoadas no traseiro... A Luis nem lhe passa pela cabeça fazer outra nova "cagada", cresce normalmente, vai à universidade e se transforma num profissional de sucesso.
2010: Prendem o pai de Luis por maus tratos. O condenam a 5 anos de reclusão e, por 15 anos deve abster-se de ver seu filho. Sem o guia de uma figura paterna, Luis se volta para a droga, delinque e fica preso num presídio especial para adolescentes.
> _____
>
Cenário 3: José cai enquanto corria no pátio do colégio, machuca o joelho.
Sua professora Maria, o encontra chorando e o abraça para confortá-lo...
1959: Rapidamente, João se sente melhor e continua brincando.
2010: A professora Maria é acusada de abuso sexual, condenada a três anos de reclusão. José passa cinco anos de terapia em terapia. Seus pais processam o colégio por negligência e a professora por danos psicológicos, ganhando os dois juízos. Maria renuncia à docência, entra em aguda depressão e se suicida...
> _____
>
Cenário 4: Disciplina escolar
1959: Fazíamos bagunça na classe... O professor nos dava umas boa "mijada"
e/ou encaminhava para a direção; chegando em casa, nosso velho nos castigava
sem piedade.
2010: Fazemos bagunça na classe. O professor nos pede desculpas por repreender-nos e fica com a culpa por fazê-lo . Nosso velho vai até o colégio se queixar do docente e para consolá-lo compra uma moto para o filhinho.
Cenário 5: Horário de Verão.
1959:Chega o dia de mudança de horário de inverno para horário de verão. Não acontece nada.
2010: Chega o dia de mudança de horário de inverno para horário de verão. A gente sofre transtornos de sono, depressão, falta de apetite, nas mulheres aparece celulite.
Cenario 6: Fim das férias.
1959: Depois de passar férias com toda a família enfiada num Gordini, após 15 dias de sol na praia, hora de voltar. No dia seguinte se trabalha e tudo bem.
2010: Depois de voltar de Cancún, numa viagem 'all inclusive', terminam as férias e a gente sofre da síndrome do abandono, pânico, attack e seborreia...
Fica a pergunta...
QUANDO FOI QUE NOS TRANSFORMAMOS NESTE BANDO DE m....?...
TESE DE MESTRADO NA USP por um PSICÓLOGO
'O HOMEM TORNA-SE TUDO OU NADA, CONFORME A EDUCAÇÃO QUE RECEBE'
'Fingi ser gari por 1 mês e vivi como um ser invisível'
Psicólogo varreu as ruas da USP para concluir sua tese de mestrado da 'invisibilidade pública'. Ele comprovou que, em geral, as pessoas
enxergam apenas a função social do outro. Quem não está bem posicionado
sob esse critério, vira mera sombra social. Plínio Delphino, Diário de São Paulo.
O psicólogo social Fernando Braga da Costa vestiu uniforme e trabalhou
um mês como gari, varrendo ruas da Universidade de São Paulo.
Ali,constatou que, ao olhar da maioria, os trabalhadores braçais são 'seres
invisíveis, sem nome'.
Em sua tese de mestrado, pela USP, conseguiu comprovar a existência da 'invisibilidade pública', ou seja, uma percepção humana totalmente prejudicada e condicionada à divisão social do trabalho, onde enxerga-se somente a função e não a pessoa. Braga trabalhava apenas meio período como gari, não recebia o salário de R$ 400 como os colegas de vassoura, mas garante que teve a maior lição de sua vida:
'Descobri que um simples bom dia, que nunca recebi como gari, pode significar um sopro de vida, um sinal da própria existência', explica o pesquisador.
O psicólogo sentiu na pele o que é ser tratado como um objeto e não como um ser humano.
'Professores que me abraçavam nos corredores da USP passavam por mim, não me reconheciam por causa do uniforme. Às vezes, esbarravam no meu ombro e, sem ao menos pedir desculpas, seguiam me ignorando, como se tivessem encostado em um poste, ou em um orelhão', diz.
No primeiro dia de trabalho paramos pro café. Eles colocaram uma garrafa térmica sobre uma plataforma de concreto. Só que não tinha caneca. Havia um clima estranho no ar, eu era um sujeito vindo de outra classe, varrendo rua com eles. Os garis mal conversavam comigo, algunsse aproximavam para ensinar o serviço.
Um deles foi até o latão de lixo pegou duas latinhas de refrigerante cortou as latinhas pela metade e serviu o café ali, na latinha suja e grudenta. E como a gente estava num grupo grande, esperei que eles se servissem primeiro.
Eu nunca apreciei o sabor do café. Mas, intuitivamente, senti que deveria tomá-lo, e claro, não livre de sensações ruins. Afinal, o cara tirou as latinhas de refrigerante de dentro de uma lixeira, que tem sujeira, tem formiga, tem barata, tem de tudo. No momento em que empunhei a caneca improvisada, parece que todo mundo parou para assistir à cena, como se perguntasse:
'E aí, o jovem rico vai se sujeitar a beber nessa caneca?' E eu bebi.
Imediatamente a ansiedade parece que evaporou. Eles passaram a conversar comigo, a contar piada, brincar.
O que você sentiu na pele, trabalhando como gari?
Uma vez, um dos garis me convidou pra almoçar no bandejão central.
Aí eu entrei no Instituto de Psicologia para pegar dinheiro, passei pelo andar térreo, subi escada, passei pelo segundo andar, passei na biblioteca, desci a escada, passei em frente ao centro acadêmico, passei em frente a lanchonete, tinha muita gente conhecida. Eu fiz todo esse trajeto e ninguém em absoluto me viu.
Eu tive uma sensação muito ruim. O meu corpo tremia como se eu não o dominasse, uma angustia, e a tampa da cabeça era como se ardesse, como se eu tivesse sido sugado. Fui almoçar, não senti o gosto da comida e voltei para o trabalho atordoado.
E depois de um mês trabalhando como gari? Isso mudou?
Fui me habituando a isso, assim como eles vão se habituando também a situações pouco saudáveis. Então, quando eu via um professor se aproximando - professor meu - até parava de varrer, porque ele ia passar por mim, podia trocar uma idéia, mas o pessoal passava como se tivesse passando por um poste, uma árvore, um orelhão.
E quando você volta para casa, para seu mundo real?
Eu choro. É muito triste, porque, a partir do instante em que você está inserido nessa condição psicossocial, não se esquece jamais.
Acredito que essa experiência me deixou curado da minha doença burguesa.
Esses homens hoje são meus amigos. Conheço a família deles, freqüento a casa deles nas periferias. Mudei. Nunca deixo de cumprimentar um trabalhador.
Faço questão de o trabalhador saber que eu sei que ele existe.
Eles são tratados pior do que um animal doméstico, que sempre é chamado pelo
nome. São tratados como se fossem uma 'COISA'.
*Ser IGNORADO é uma das piores sensações que existem na vida!
AVALIAÇÃO
“ Professor nenhum é dono de sua prática se não tem em mãos, a reflexão sobre a mesma. Não existe ato de reflexão, que não nos leve a constatações, dúvidas e descobertas e , portanto, que não nos leve a transformar algo em nós, nos outros e no mundo” Madalena Freire
DICA:
1 - Tenha sempre em mãos, um caderno que funcionará como "anedotário", não conte apenas com suas lembranças, pois esquecemos de detalhes.
2- Leia, entenda e reflita sobre as fases do desenvolvimento da linguagem, da fala, da escrita, do desenho, etc... pois, para avaliar é preciso entender como estes processos funcionam e como a criança elabora seu pensamento, do contrário, podemos fazer uma análise equivocada.
ALGUNS ITENS PARA COLOCAR NO ANEDOTÁRIO
Novidade
Participação
Interação
Autonomia
Preferências
Colaboração
Característica
Como se comporta nas atividades
Como se relaciona com colegas/educadora
No que se destaca ( no pátio, na dança, nas atividades matemáticas, ativ. De linguagem, nas atividades artísticas ou musicais etc...)
1.Como chega à escola?
2.Como se adapta ao ambiente?
3.Como se alimenta?
4.Como brinca?
5.Como se relaciona: colegas/educadora
6.Como está se movendo?
7.Como se comunica?
8.Atende as solicitações da educadora?(guarda-guarda)
9.O que faz quando contrariado?
10.Identidade:Reconhece os colegas?
11.Se identifica pelo nome,sua imagem no espelho?
12.Gosta dos colegas e os identifica?
13.Tem capacidade de resolver conflitos e tomar iniciativas?
14.É crítica e criativa?Curiosa e inventiva?
15.É participativa e cooperativa?
E ainda alguns psicólogos e pedagogos, em uma linguagem mais coloquial, utilizam as seguintes referencias:
· De 1 a 3 anos
É a idade das famosas garatujas: simples riscos ainda desprovidos de controle motor, a criança ignora os limites do papel e mexa todo o corpo para desenhar, avançando os traçados pelas paredes e chão. As primeiras garatujas são linhas longitudinais que, com o tempo, vão se tornando circulares e, por fim, se fecham em formas independentes, que ficam soltas na página. No final dessa fase, é possível que surjam os primeiros indícios de figuras humanas, como cabeças com olhos.
· De 3 a 4 anos
Já conquistou a forma e seus desenhos têm a intenção de reproduzir algo. Ela também respeita melhor os limites do papel. Mas o grande salto é ser capaz de desenhar um ser humano reconhecível, com pernas, braços, pescoço e tronco .
· De 4 a 5 anos
É uma fase de temas clássicos do desenho infantil, como paisagens, casinhas, flores, super-heróis, veículos e animais, varia no uso das cores, buscando um certo realismo. Suas figuras humanas já dispõem de novos detalhes, como cabelos, pés e mãos, e a distribuição dos desenhos no papel obedecem a uma certa lógica, do tipo céu no alto da folha. Aparece ainda a tendência à antropomorfização, ou seja, a emprestar características humanas a elementos da natureza, como o famoso sol com olhos e boca. Esta tendência deve se estender até 7 ou 8 anos
· De 5 a 6 anos
os desenhos sempre se baseiam em roteiros com começo, meio e fim. As figuras humanas aparecem vestidas e a criança dá grande atenção a detalhes como as cores. Os temas variam e o fato de não terem nada a ver com a vida dela são um indício de desprendimento e capacidade de contar histórias sobre o mundo.
· De 7 a 8 anos
O realismo é a marca desta fase, em que surge também a noção de perspectiva. Ou seja, os desenhos da criança já dão uma impressão de profundidade e distância. Extremamente exigentes, muitas deixam de desenhar, se acham que seus trabalhos não ficam bonitos.
Como podemos perceber o linha de evolução é similar mudando com maior ênfase o enfoque em alguns aspectos. O importante é respeitar os ritmos de cada criança e permitir que ela possa desenhar livremente, sem intervenção direta, explorando diversos materiais, suportes e situações.
Para tentarmos entender melhor o universo infantil muitas vezes buscamos interpretar os seus desenhos, devemos porém, lembrar que a interpretação de um desenho isolada do contexto em que foi elaborado não faz sentido.
É aconselhável, ao professor, que ofereça às crianças o contato com diferentes tipos de desenhos e obras de artes, que elas façam a leitura de suas produções e escutem a de outros e também que sugira a criança desenhar a partir de observações diversas (cenas, objetos, pessoas) para que possamos ajuda-la a nutrisse de informações e enriquecer o seu grafismo. Assim elas poderão reformular suas idéias e construir novos conhecimentos.
Enfim, o desenho infantil é um universo cheio de mundos a serem explorados.
FONTE: http://www.cantinhodaeducacaoinfantil.com.br
sexta-feira, 29 de abril de 2011
Funções do Líder/Vice-Líder de Sala de AULA
1. Colaborar com a disciplina da Escola e da Sala de Aula.
2. Buscar informações com a Equipe Pedagógico-Administrativa, quando houver dúvidas sobre qualquer assunto relacionado a Escola e ao ensino-aprendizagem.
3. Comunicar a Direção a ausência do professor na sala de aula (quando o prof. falta).
4. Comunicar na Orientação (Dulcelena) ou Direção quando o aluno estiver com 05 faltas consecutivas ou 07 alternadas.
5. Comunicar alguém da Equipe Pedagógico-Administrativa se o aluno gazeou aula.
6. Reforçar os avisos em geral dados pela Direção e pelos professores.
7. Fazer chamada todos os dias na primeira aula, e anotar no Diário quem chega atrasado ou sai cedo ou quem gazeia a aula.
8. Anotar os alunos que ganham Advertência e o nome do professor que deu esta advertência (se possível anotar motivo).
9. Anotar os alunos que ficam fora da sala de aula e a disciplina.
10. Estimular a integração de seu grupo (sala) e, quando houver qualquer problema, comunicar ao Regente, se caso não resolver, comunicar a Equipe Pedagógico-Administrativa.
11. Se a turma necessitar, providenciar junto ao Regente um quadro-mural com os avisos dos dias de provas, entrega de trabalhos, recuperação, horário de aula, espelho de classe e demais informações que se fazem necessários.
12. Guardar sigilo de todas as informações e do Diário que você Líder utiliza.
13. Obrigatória a presença no Conselho de Classe para representar a turma.
14. Somente o Líder, Vice ou o secretário poderão sair da sala para buscarem qualquer material que o professor necessite, na Secretaria ou em qualquer parte da escola, devendo ser responsável pela devolução do mesmo.
15. O líder, vice e o secretário devem ser uma pessoa que controla suas emoções e reações, não deixando se levarem por impulsos.
16. O líder, vice e o secretário procurem sempre estar a par de todos os problemas, tentando compreender e ajudar no que lhe for possível.
17. O líder, vice e o secretário procurem ter apoio de todos evitando apoiarem alguns.
18. O líder, vice e o secretário devem evitar fazer críticas destrutivas.
19. O líder, vice e o secretário antes de agirem, explicar aos membros do grupo o que vão fazer e por quê.
20. O líder, vice e o secretário consultam os membros do grupo antes de tomarem decisões importantes.
21. O líder, vice e o secretário juntamente com o REGENTE registram as decisões tomadas pelo Conselho de Classe e levam ao conhecimento do grupo.
22. O líder, vice e o secretário devem incentivar a turma a participarem ativamente de todas as atividades desenvolvidas na escola.
23. O líder, vice e o secretário devem obrigatoriamente conhecer todos os projetos desenvolvidos na escola.
24. O líder, vice e o secretário devem trazer tarefas e cadernos em dia e apresentarem boas notas.
25. O líder, vice e o secretário devem demonstrar educação no trato com as pessoas.
26. O líder, vice e o secretário devem apresentar excelente comportamento em sala e fora dela.
27. O líder, vice e o secretário devem zelar, cuidar e preservar a escola.
28. Todas as atribuições citadas acima, se aplicam também ao Vice-Líder.
REGENTE: _____________________
LÍDER:__________________ VICE-LÍDER: _________________
SECRETÁRIO (A): _____________________________
SÉRIE: _______________________ TURNO: __________________
2. Buscar informações com a Equipe Pedagógico-Administrativa, quando houver dúvidas sobre qualquer assunto relacionado a Escola e ao ensino-aprendizagem.
3. Comunicar a Direção a ausência do professor na sala de aula (quando o prof. falta).
4. Comunicar na Orientação (Dulcelena) ou Direção quando o aluno estiver com 05 faltas consecutivas ou 07 alternadas.
5. Comunicar alguém da Equipe Pedagógico-Administrativa se o aluno gazeou aula.
6. Reforçar os avisos em geral dados pela Direção e pelos professores.
7. Fazer chamada todos os dias na primeira aula, e anotar no Diário quem chega atrasado ou sai cedo ou quem gazeia a aula.
8. Anotar os alunos que ganham Advertência e o nome do professor que deu esta advertência (se possível anotar motivo).
9. Anotar os alunos que ficam fora da sala de aula e a disciplina.
10. Estimular a integração de seu grupo (sala) e, quando houver qualquer problema, comunicar ao Regente, se caso não resolver, comunicar a Equipe Pedagógico-Administrativa.
11. Se a turma necessitar, providenciar junto ao Regente um quadro-mural com os avisos dos dias de provas, entrega de trabalhos, recuperação, horário de aula, espelho de classe e demais informações que se fazem necessários.
12. Guardar sigilo de todas as informações e do Diário que você Líder utiliza.
13. Obrigatória a presença no Conselho de Classe para representar a turma.
14. Somente o Líder, Vice ou o secretário poderão sair da sala para buscarem qualquer material que o professor necessite, na Secretaria ou em qualquer parte da escola, devendo ser responsável pela devolução do mesmo.
15. O líder, vice e o secretário devem ser uma pessoa que controla suas emoções e reações, não deixando se levarem por impulsos.
16. O líder, vice e o secretário procurem sempre estar a par de todos os problemas, tentando compreender e ajudar no que lhe for possível.
17. O líder, vice e o secretário procurem ter apoio de todos evitando apoiarem alguns.
18. O líder, vice e o secretário devem evitar fazer críticas destrutivas.
19. O líder, vice e o secretário antes de agirem, explicar aos membros do grupo o que vão fazer e por quê.
20. O líder, vice e o secretário consultam os membros do grupo antes de tomarem decisões importantes.
21. O líder, vice e o secretário juntamente com o REGENTE registram as decisões tomadas pelo Conselho de Classe e levam ao conhecimento do grupo.
22. O líder, vice e o secretário devem incentivar a turma a participarem ativamente de todas as atividades desenvolvidas na escola.
23. O líder, vice e o secretário devem obrigatoriamente conhecer todos os projetos desenvolvidos na escola.
24. O líder, vice e o secretário devem trazer tarefas e cadernos em dia e apresentarem boas notas.
25. O líder, vice e o secretário devem demonstrar educação no trato com as pessoas.
26. O líder, vice e o secretário devem apresentar excelente comportamento em sala e fora dela.
27. O líder, vice e o secretário devem zelar, cuidar e preservar a escola.
28. Todas as atribuições citadas acima, se aplicam também ao Vice-Líder.
REGENTE: _____________________
LÍDER:__________________ VICE-LÍDER: _________________
SECRETÁRIO (A): _____________________________
SÉRIE: _______________________ TURNO: __________________
POESIA PARA CRIANÇAS
O CACHO
Tenho um brinquedo
Que causa arrepios
Que corre, que late,
E que dá rodopios :
- É meu cachorrinho
de estimação.
- Seu nome é Cacho,
meu vira-lata fofão.
(do livro Na Ponta Da Pena)
O COELHO
O coelho que mora
No meu jardim
É o mesmo coelho
Que sorri prá mim
De olho vermelho
E rabo branquinho
Que salta com jeito
E se olha no espelho
O GATO
O gato Miguelim,
De rabo malhado
E bigode de espeto,
Só sabe o miado
do meio pro fim.
De tanto barulho
Que faz este gato,
Miando esquisito
No meio do mato,
A gente só ouve
O firinfinfin...
O Gato
Com um lindo salto Lesto e seguro
O gato passa Do chão ao muro
Logo mudando De opinião
Passa de novo Do muro ao chão
E pega corre Bem de mansinho
Atrás de um pobre De um passarinho
Súbito pára Como assombrado
Depois dispara
Pula de lado
E quando tudo
Se lhe fatiga
Toma o seu banho
Passando a língua
Pela barriga.
Vinícius De Moraes
O Pingüim
Bom-dia, Pingüim
Onde vai assim, Com ar apressado?
Eu não sou malvado
Não fique assustado, Com medo de mim.
Eu só gostaria
De dar um tapinha
No seu chapéu de jaca
Ou bem de levinho
Puxar o rabinho
Da sua casaca.
Vinícius De Moraes
******************
A Cachorrinha
Mas que amor de cachorrinha!
Mas que amor de cachorrinha!
Pode haver coisa no mundo
Mais branca, mais bonitinha
Do que a tua barriguinha
Crivada de mamiquinha?
Pode haver coisa no mundo
Mais travessa, mais tontinha
Que esse amor de cachorrinha
Quando vem fazer festinha
Remexendo a traseirinha?
Vinícius De Moraes
******************
As Borboletas
Brancas, azuis, amarelas e pretas
Brincam na luz as belas borboletas
Borboletas brancas
São alegres e francas.
Borboletas azuis
Gostam muito de luz.
As amarelinhas
São tão bonitinhas!
E as pretas, então . . .
Oh, que escuridão!
Vinícius De Moraes
******************
Passarinho no Sapé
P tem papo
o P tem pé.
É o P que pia?
(Piu!)
Quem é?
O P não pia:
O P não é.
O P só tem papo
e pé.
Será o sapo?
O sapo não é.
(Piu!)
É o passarinho
que fez seu ninho
no sapé.
Pio com papo.
Pio com pé.
Piu-piu-piu:
Passarinho.
Passarinho
no sapé.
(Cecília Meireles, 1987, p. 104)
As meninas
(Cecília Meireles)
Arabela
abria a janela.
.Carolina
erguia a cortina.
.E Maria
olhava e sorria:
"Bom dia!"
.Arabela
foi sempre a mais bela.
.
Carolina
a mais sábia menina.
.E Maria
Apenas sorria:
"Bom dia!"
.Pensaremos em cada menina
que vivia naquela janela;
uma que se chamava Arabela,
outra que se chamou Carolina.
.
Mas a nossa profunda saudade
é Maria, Maria, Maria,
que dizia com voz de amizade:
"Bom dia!"
A Língua do Nhem
(Cecília Meireles)
Havia uma velhinha
que andava aborrecida
pois dava a sua vida
para falar com alguém.
.E estava sempre em casa
a boa velhinha
resmungando sozinha:
nhem-nhem-nhem-nhem-nhem-nhem...
.O gato que dormia
no canto da cozinha
escutando a velhinha,
principiou também
.a miar nessa língua
e se ela resmungava,
o gatinho a acompanhava:
nhem-nhem-nhem-nhem-nhem-nhem...
.Depois veio o cachorro
da casa da vizinha,
pato, cabra e galinha
de cá, de lá, de além,
.e todos aprenderam
a falar noite e dia
naquela melodia
nhem-nhem-nhem-nhem-nhem-nhem...
.
De modo que a velhinha
que muito padecia
por não ter companhia
nem falar com ninguém,
.ficou toda contente,
pois mal a boca abria
tudo lhe respondia:
nhem-nhem-nhem-nhem-nhem-nhem...
O pato
Vinicius de Moraes / Toquinho / Paulo Soledade
Lá vem o pato
Pata aqui, pata acolá
Lá vem o pato
Para ver o que é que há
O pato pateta
Pintou o caneco
Surrou a galinha
Bateu no marreco
Pulou do poleiro
No pé do cavalo
Levou um coice
Criou um galo
Comeu um pedaço
De genipapo
Ficou engasgado
Com dor no papo
Caiu no poço
Quebrou a tigela
Tantas fez o moço
Que foi pra panela.
SEGREDO
Andorinha no fio
Escutou um segredo
Foi à torre da Igreja.
Cochichou com o sino.
E o sino bem alto
delém-dem
delém-dem
delém-dem
delém-dem!
Toda a cidade
Ficou sabendo.
Henriqueta Lisboa
A casa
Vinicius de Moraes
Era uma casa
Muito engraçada
Não tinha teto
Não tinha nada
Ninguém podia entrar nela, não
Porque na casa não tinha chão
Ninguém podia dormir na rede
Porque na casa não tinha parede
Ninguém podia fazer pipi
Porque penico não tinha ali
Mas era feita com muito esmero
Na rua dos Bobos
Número zero
© Tonga Editora Musical LTDA
A galinha d' Angola
Vinicius de Moraes / Toquinho
Coitada, coitadinha
Da galinha-d'Angola
Não anda ultimamente
Regulando da bola
Ela vende confusão
E compra briga
Gosta muito de fofoca
E adora intriga
Fala tanto
Que parece que engoliu uma matraca
E vive reclamando
Que está fraca
Tou fraca! Tou fraca!
Tou fraca! Tou fraca! Tou fraca!
Coitada, coitadinha
Da galinha-d'Angola
Não anda ultimamente
Regulando da bola
Come tanto
Até ter dor de barriga
Ela é uma bagunceira
De uma figa
Quando choca, cocoroca
Come milho e come caca
E vive reclamando
Que está fraca
Tou fraca! Tou fraca! Tou fraca!
Aquarela
Vinicius de Moraes / Toquinho / Guido Morra / Maurizio Fabrizio
Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo
Corro o lápis em torno da mão e me dou uma luva
E se faço chover com dois riscos tenho um guarda-chuva
Se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel
Num instante imagino uma linda gaivota a voar no céu
Vai voando, contornando
A imensa curva norte-sul
Vou com ela viajando
Havaí, Pequim ou Istambul
Pinto um barco a vela branco navegando
É tanto céu e mar num beijo azul
Entre as nuvens vem surgindo
Um lindo avião rosa e grená
Tudo em volta colorindo
Com suas luzes a piscar
Basta imaginar e ele está partindo
Sereno indo
E se a gente quiser
Ele vai pousar
Numa folha qualquer eu desenho um navio de partida
Com alguns bons amigos, bebendo de bem com a vida
De uma América a outra consigo passar num segundo
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo
Um menino caminha e caminhando chega num muro
E ali logo em frente a esperar pela gente o futuro está
E o futuro é uma astronave
Que tentamos pilotar
Não tem tempo nem piedade
Nem tem hora de chegar
Sem pedir licença muda nossa vida
E depois convida a rir ou chorar
Nessa estrada não nos cabe
Conhecer ou ver o que virá
O fim dela ninguém sabe
Bem ao certo onde vai dar
Vamos todos numa linda passarela
De uma aquarela que um dia enfim
Descolorirá
Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo
Que descolorirá
E se faço chover com dois riscos tenho um guarda-chuva
Que descolorirá
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo
Que descolorirá
Canção da noite
Vinicius de Moraes / Paulo Tapajós
Dorme
Que estou a teu lado
Dorme sem cuidado
Nã nã nã nã nã
Dorme
Oh, meu anjo lindo
Vai calma dormindo
Nã nã nã nã nã
Sonha
Com noites de lua
Que minh'alma é tua
Quem vela sou eu!
Dorme
Com riso na boca
Que a noite é bem pouca
Nã nã nã nã nã
Dorme
E sonha comigo
Com teu doce amigo
Nã nã nã nã nã
© Irmãos Vitale S/A
Quintal de Sonho
A menina dorme
e uma cortina
branca e leve
cobre seus olhos
no quarto enorme
e sem paredes.
Crescem cenouras, tomates,
rabanetes, beterrabas,
legumes coloridos
que colorem sua cabeça
num quintal de Sonho,
na horta do Amor
que não precisa de adubo,
nem de enxada,
nem de capinador.
A menina acorda
à hora da colheita
e dá "Bom-dia!"
aos lindos legumes
que não vai comer.
São da horta do Amor
e um a um vai oferecer.
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
Cleonice Rainho
Cores
Branco do leite, da neve
e dos flocos de algodão.
Amarelo das laranjas maduras,
do ouro e dos girassóis.
Cinzento das nuvens pesadas
e da cinza dos braseiros.
Roxo da quaresmeira florida
e de escondidas violetas.
Azul do céu de dias claros,
do anil e do mar profundo.
Marrom do chocolate gostoso
e das castanhas de Natal.
Rosa da corola de muitas flores
e do rosto de muitos nenéns.
Preto das noites escuras,
da fumaça e do carvão.
Verde das folhas viçosas
e das pedras de esmeralda.
E vermelho vivo do sangue
que colore nossos corações.
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
Quando penso em livros tiro logo os sapatos
e deixo as palavrinhas coceguearem meus pés.
Rosângela Trajano
Rosângela Trajano
As bonecas
Tenho muitas bonecas
Que ganhei de presente
Do papai e da mamãe
Bonecas que parecem gente.
Algumas podem falar ou andar
Outras chegam a sorrir
Prefiro as bonecas de panos
Que a vovó adora costurar.
Toda menina tem uma boneca
Para com ela brincar
São as guardiães dos nossos segredos
Nelas podemos confiar.
http://www.rosangelatrajano.com.br
Compro um barco cheio de vento
Roseana Murray
Compro um barco cheio de vento
com velas cor do firmamento
e uma bússola que aponte sempre
para as luas de saturno.
Compro um barco que conheça
caminhos secretos de mares desconhecidos.
Um barco feito de vento
onde caibam todos os meus amigos.
Compro um barco que saiba decifrar
os segredos escondidos
no coração das noites sem luar.
Pião - Roseana Murray
Um pião se equilibra
na palma da mão,
no chão, na calçada,
e alado vai rodando
por cima dos telhados,
gira entre as nuvens,
cada vez mais alto,
até que num salto
alcança a lua
e rola
até o seu lado oculto.
Faz a curva o pião
e ruma para Saturno,
tropeça nos anéis,
dá três cambalhotas,
se pendura
numa estrela cadente
e, sem graça,
volta para a palma da mão.
Mapa do tesouro - Roseana Murray
Fabrico um mapa do tesouro
para assinalar
as casas de todos os meus
amigos
com pedrinhas transparentes.
.
Para dentro de cada casa
carrego o meu olhar
aceso como girassol.
.
Casa de amigo vale mais
que montanhas de ouro.
Estrela cadente - Roseana Murray
Quando eu estiver
com o olhar distante,
maninha,
com um jeito esquisito
de quem não está presente,
não se assuste,
ó maninha,
fui logo ali,
no quintal do céu,
colher uma estrela cadente.
Riachinho - Roseana Murray
As águas claras
me contam segredos
de sol, de céu, de ar
e cantam acalantos
de ninar
enquanto correm ligeiras
da montanha para o mar.
Caixinha Mágica - Roseana Murray
Fabrico uma caixa mágica
para guardar o que não cabe
em nenhum lugar:
a minha sombra
em dias de muito sol,
o amarelo que sobra
do girassol,
um suspiro de beija-flor,
invisíveis lágrimas de amor.
.
Fabrico a caixa com vento,
palavras e desequilíbrio,
e para fechá-la
com tudo o que leva dentro,
basta uma gota de tempo.
.
O que é que você quer
esconder na minha caixa?
Mecânico de sonhos - Rosângela Trajano
O mecânico pegou a chave
Mas não a de fendas
Uma chave suave
Que não apertava parafusos
Mas consertava lendas.
.
O mecânico consertou
Um carro diferente
Não era um carro qualquer
Era um carro-gente
A mente seu motor.
.
O mecânico lubrificou
Os sonhos de uma menina
Com a graxa que pegou
Na sua esquisita oficina.
Comer chocolate - Rosângela Trajano
Comer chocolate
Guardar um
Dentro da fronha
Do meu travesseiro
Quem sabe ele sonha
Ou até vira brigadeiro.
Bailarina - Rosângela Trajano
.
Baila na ponta do pé
Baila e baila no ar
Tão arrumadinha
A linda menina
Baila bailarina
Minha avezinha.
.
Bailarina pequenina
Que voa no ar
Magrinha e sorridente
Pássaro a voar.
.
Bailarina bonitinha
Me ensinou a bailar
Como é difí¬cil
Minha bailarina
Na vida se equilibrar!
.
A bailarina
Mais parece
Uma flor
Leve, levinha
Um amor
Uma gracinha.
Férias - Rosângela Trajano
Eu vou viajar!
Eu vou dormir
Até mais tarde!
Nem vou me importar
Se o despertador
Não parar de tocar!
É férias!
Eu vou à praia
Tomar banho de mar
Vou ver o sol
Vou me bronzear!
É férias!
Eu vou passear
Andar por aí
Sem hora pra voltar
Sem medo de me atrasar!
Vou cochilar
Depois do almoço
Ficar de pijama
O dia inteiro
Dentro de casa
Passar horas no chuveiro!
É férias!
Nada de preocupação
Nenhuma reunião
Só viajar de avião
E dar alegria
Ao meu coração!
Receita para ser feliz - Rosângela Trajano
1 kg de coragem
1 xícara de esperança
½ colher de chá de humildade 2 copos de verdade
3 litros de tolerância.
.
Bata tudo no pensamento
Unte seu coração
Despeje nele os ingredientes
Agora é só esperar um momento
Conte até três
Está pronto!
.
Sirva para todos de casa:
A felicidade.
Escova de Dentes - Rosângela Trajano
.
Meus dentinhos vou limpar
Escovando-os, depois que me alimentar
E antes de, à noite, me deitar
Para nunca com dor reclamar.
.
Quero um sorriso bonito
Com dentes de artista
Por isso sempre visito
O consultório do dentista.
.
Aplico o flúor
Uso fio dental
Troco sempre a escova de dentes
Faço toda a higiene bucal.
Urso Panda - Rosângela Trajano
,
Eu nunca vi
Um urso panda
Mas gosto muito dele
É uma pena que
Existam tão poucos
Numa banda
Do mundo
Ursos pandas
Já não existem.
Será que quando
Eu crescer
Vou conhecer
Um urso panda?
Ou será que os ursos
Terão todos desaparecidos
Deste mundo desprevenido?
Eu sei, eu sei
Logo vou conhecer
Um urso panda
Porque o homem
Não vai viver
Procurando ursos pandas
Ele vai ver
Que isso é intolerável
Abominável, insuportável!
Urso panda
Me aguarde
Logo chego aí
Ainda não é tarde.
A Chuva - Rosângela Trajano
Gosto de olhar a chuva
A escorregar pela rua
Na esquina fazer uma curva
Esconder o sol da lua.
,
Pingos de chuva caem
Pelas janelas de vidro
Curioso dou espiadas
Nas pessoas agasalhadas.
,
A chuva deixa mais verde
As árvores dos canteiros
Os açudes sem sede
Sorrisos nos lírios dos jardineiros
CAIXINHA MÁGICA
Fabrico uma caixa mágica
para guardar o que não cabe
em nenhum lugar:
a minha sombra
em dias de muito sol,
o amarelo que sobra
do girassol,
um suspiro de beija-flor,
invisíveis lágrimas de amor.
Fabrico a caixa com vento,
palavras e desequilíbrio,
e para fechá-la
com tudo o que leva dentro,
basta uma gota de tempo.
Corujinha
Vinicius de Moraes / Toquinho
Corujinha, corujinha
Que peninha de você
Fica toda encolhidinha
Sempre olhando não sei quê
O seu canto de repente
Faz a gente estremecer
Corujinha, pobrezinha
Todo mundo que te vê
Diz assim, ah, coitadinha
Que feinha que é você
Quando a noite vem chegando
Chega o teu amanhecer
E se o sol vem despontando
Vais voando te esconder
Hoje em dia andas vaidosa
Orgulhosa como quê
Toda noite tua carinha
Aparece na TV
Corujinha, coitadinha
Que feinha que é você
© Tonga Editora Musical LTDA
O peru
Vinicius de Moraes / Toquinho / Paulo Soledade
Glu! Glu! Glu!
Abram alas pro peru!
O peru foi a passeio
Pensando que era pavão
Tico-tico riu-se tanto
Que morreu de congestão
O peru dança de roda
Numa roda de carvão
Quando acaba fica tonto
De quase cair no chão
O peru se viu um dia
Nas águas do ribeirão
Foi-se olhando, foi dizendo
Que beleza de pavão
Foi dormir e teve um sonho
Logo que o sol se escondeu
Que sua cauda tinha cores
Como a desse amigo seu
Cecília Meireles
Colar de Carolina
Com seu colar de coral,
Carolina
corre por entre as colunas
da colina.
O colar de Carolina
colore o colo de cal,
torna corada a menina.
E o sol, vendo aquela cor
do colar de Carolina,
põe coroas de coral
nas colunas da colina.
Cecília Meireles - O Cavalinho Branco
À tarde, o cavalinho branco
está muito cansado:
mas há um pedacinho do campo
onde é sempre feriado.
O cavalo sacode a crina
loura e comprida
e nas verdes ervas atira
sua branca vida.
Seu relincho estremece as raízes
e ele ensina aos ventos
a alegria de sentir livres
seus movimentos.
Trabalhou todo o dia, tanto!
desde a madrugada!
Descansa entre as flores, cavalinho branco,
de crina dourada!
Cecília Meireles - Leilão de Jardim
Quem me compra um jardim com flores?
borboletas de muitas cores,
lavadeiras e passarinhos,
ovos verdes e azuis nos ninhos?
Quem me compra este caracol?
Quem me compra um raio de sol?
Um lagarto entre o muro e a hera,
uma estátua da Primavera?
Quem me compra este formigueiro?
E este sapo, que é jardineiro?
E a cigarra e a sua canção?
E o grilinho dentro do chão?
(Este é meu leilão!)
Cecília Meireles - O Mosquito Escreve
O mosquito pernilongo
trança as pernas, faz um M,
depois, treme, treme, treme,
faz um O bastante oblongo,
faz um S.
O mosquito sobe e desce.
Com artes que ninguém vê,
faz um Q,
faz um U, e faz um I.
Este mosquito
esquisito
cruza as patas, faz um T.
E aí,
se arredonda e faz outro O,
mais bonito.
Oh!
Já não é analfabeto,
esse inseto,
pois sabe escrever seu nome.
Mas depois vai procurar
alguém que possa picar,
pois escrever cansa,
não é, criança?
E ele está com muita fome.
Cecília Meireles - Sonhos da Menina
A flor com que a menina sonha
está no sonho?
ou na fronha?
Sonho
risonho:
O vento sozinho
no seu carrinho.
De que tamanho
seria o rebanho?
A vizinha
apanha
a sombrinha
de teia de aranha . . .
Na lua há um ninho
de passarinho.
A lua com que a menina sonha
é o linho do sonho
ou a lua da fronha?
Cecília Meireles - O Menino Azul
O menino quer um burrinho
para passear.
Um burrinho manso,
que não corra nem pule,
mas que saiba conversar.
O menino quer um burrinho
que saiba dizer
o nome dos rios,
das montanhas, das flores,
— de tudo o que aparecer.
O menino quer um burrinho
que saiba inventar histórias bonitas
com pessoas e bichos
e com barquinhos no mar.
E os dois sairão pelo mundo
que é como um jardim
apenas mais largo
e talvez mais comprido
e que não tenha fim.
(Quem souber de um burrinho desses,
pode escrever
para a Ruas das Casas,
Número das Portas,
ao Menino Azul que não sabe ler.)
Cecília Meireles - Ou Isto ou Aquilo
Ou se tem chuva e não se tem sol
ou se tem sol e não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!
Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo em dois lugares!
Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e gasto o dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo . . .
e vivo escolhendo o dia inteiro!
Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranqüilo.
Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.
Tenho um brinquedo
Que causa arrepios
Que corre, que late,
E que dá rodopios :
- É meu cachorrinho
de estimação.
- Seu nome é Cacho,
meu vira-lata fofão.
(do livro Na Ponta Da Pena)
O COELHO
O coelho que mora
No meu jardim
É o mesmo coelho
Que sorri prá mim
De olho vermelho
E rabo branquinho
Que salta com jeito
E se olha no espelho
O GATO
O gato Miguelim,
De rabo malhado
E bigode de espeto,
Só sabe o miado
do meio pro fim.
De tanto barulho
Que faz este gato,
Miando esquisito
No meio do mato,
A gente só ouve
O firinfinfin...
O Gato
Com um lindo salto Lesto e seguro
O gato passa Do chão ao muro
Logo mudando De opinião
Passa de novo Do muro ao chão
E pega corre Bem de mansinho
Atrás de um pobre De um passarinho
Súbito pára Como assombrado
Depois dispara
Pula de lado
E quando tudo
Se lhe fatiga
Toma o seu banho
Passando a língua
Pela barriga.
Vinícius De Moraes
O Pingüim
Bom-dia, Pingüim
Onde vai assim, Com ar apressado?
Eu não sou malvado
Não fique assustado, Com medo de mim.
Eu só gostaria
De dar um tapinha
No seu chapéu de jaca
Ou bem de levinho
Puxar o rabinho
Da sua casaca.
Vinícius De Moraes
******************
A Cachorrinha
Mas que amor de cachorrinha!
Mas que amor de cachorrinha!
Pode haver coisa no mundo
Mais branca, mais bonitinha
Do que a tua barriguinha
Crivada de mamiquinha?
Pode haver coisa no mundo
Mais travessa, mais tontinha
Que esse amor de cachorrinha
Quando vem fazer festinha
Remexendo a traseirinha?
Vinícius De Moraes
******************
As Borboletas
Brancas, azuis, amarelas e pretas
Brincam na luz as belas borboletas
Borboletas brancas
São alegres e francas.
Borboletas azuis
Gostam muito de luz.
As amarelinhas
São tão bonitinhas!
E as pretas, então . . .
Oh, que escuridão!
Vinícius De Moraes
******************
Passarinho no Sapé
P tem papo
o P tem pé.
É o P que pia?
(Piu!)
Quem é?
O P não pia:
O P não é.
O P só tem papo
e pé.
Será o sapo?
O sapo não é.
(Piu!)
É o passarinho
que fez seu ninho
no sapé.
Pio com papo.
Pio com pé.
Piu-piu-piu:
Passarinho.
Passarinho
no sapé.
(Cecília Meireles, 1987, p. 104)
As meninas
(Cecília Meireles)
Arabela
abria a janela.
.Carolina
erguia a cortina.
.E Maria
olhava e sorria:
"Bom dia!"
.Arabela
foi sempre a mais bela.
.
Carolina
a mais sábia menina.
.E Maria
Apenas sorria:
"Bom dia!"
.Pensaremos em cada menina
que vivia naquela janela;
uma que se chamava Arabela,
outra que se chamou Carolina.
.
Mas a nossa profunda saudade
é Maria, Maria, Maria,
que dizia com voz de amizade:
"Bom dia!"
A Língua do Nhem
(Cecília Meireles)
Havia uma velhinha
que andava aborrecida
pois dava a sua vida
para falar com alguém.
.E estava sempre em casa
a boa velhinha
resmungando sozinha:
nhem-nhem-nhem-nhem-nhem-nhem...
.O gato que dormia
no canto da cozinha
escutando a velhinha,
principiou também
.a miar nessa língua
e se ela resmungava,
o gatinho a acompanhava:
nhem-nhem-nhem-nhem-nhem-nhem...
.Depois veio o cachorro
da casa da vizinha,
pato, cabra e galinha
de cá, de lá, de além,
.e todos aprenderam
a falar noite e dia
naquela melodia
nhem-nhem-nhem-nhem-nhem-nhem...
.
De modo que a velhinha
que muito padecia
por não ter companhia
nem falar com ninguém,
.ficou toda contente,
pois mal a boca abria
tudo lhe respondia:
nhem-nhem-nhem-nhem-nhem-nhem...
O pato
Vinicius de Moraes / Toquinho / Paulo Soledade
Lá vem o pato
Pata aqui, pata acolá
Lá vem o pato
Para ver o que é que há
O pato pateta
Pintou o caneco
Surrou a galinha
Bateu no marreco
Pulou do poleiro
No pé do cavalo
Levou um coice
Criou um galo
Comeu um pedaço
De genipapo
Ficou engasgado
Com dor no papo
Caiu no poço
Quebrou a tigela
Tantas fez o moço
Que foi pra panela.
SEGREDO
Andorinha no fio
Escutou um segredo
Foi à torre da Igreja.
Cochichou com o sino.
E o sino bem alto
delém-dem
delém-dem
delém-dem
delém-dem!
Toda a cidade
Ficou sabendo.
Henriqueta Lisboa
A casa
Vinicius de Moraes
Era uma casa
Muito engraçada
Não tinha teto
Não tinha nada
Ninguém podia entrar nela, não
Porque na casa não tinha chão
Ninguém podia dormir na rede
Porque na casa não tinha parede
Ninguém podia fazer pipi
Porque penico não tinha ali
Mas era feita com muito esmero
Na rua dos Bobos
Número zero
© Tonga Editora Musical LTDA
A galinha d' Angola
Vinicius de Moraes / Toquinho
Coitada, coitadinha
Da galinha-d'Angola
Não anda ultimamente
Regulando da bola
Ela vende confusão
E compra briga
Gosta muito de fofoca
E adora intriga
Fala tanto
Que parece que engoliu uma matraca
E vive reclamando
Que está fraca
Tou fraca! Tou fraca!
Tou fraca! Tou fraca! Tou fraca!
Coitada, coitadinha
Da galinha-d'Angola
Não anda ultimamente
Regulando da bola
Come tanto
Até ter dor de barriga
Ela é uma bagunceira
De uma figa
Quando choca, cocoroca
Come milho e come caca
E vive reclamando
Que está fraca
Tou fraca! Tou fraca! Tou fraca!
Aquarela
Vinicius de Moraes / Toquinho / Guido Morra / Maurizio Fabrizio
Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo
Corro o lápis em torno da mão e me dou uma luva
E se faço chover com dois riscos tenho um guarda-chuva
Se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel
Num instante imagino uma linda gaivota a voar no céu
Vai voando, contornando
A imensa curva norte-sul
Vou com ela viajando
Havaí, Pequim ou Istambul
Pinto um barco a vela branco navegando
É tanto céu e mar num beijo azul
Entre as nuvens vem surgindo
Um lindo avião rosa e grená
Tudo em volta colorindo
Com suas luzes a piscar
Basta imaginar e ele está partindo
Sereno indo
E se a gente quiser
Ele vai pousar
Numa folha qualquer eu desenho um navio de partida
Com alguns bons amigos, bebendo de bem com a vida
De uma América a outra consigo passar num segundo
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo
Um menino caminha e caminhando chega num muro
E ali logo em frente a esperar pela gente o futuro está
E o futuro é uma astronave
Que tentamos pilotar
Não tem tempo nem piedade
Nem tem hora de chegar
Sem pedir licença muda nossa vida
E depois convida a rir ou chorar
Nessa estrada não nos cabe
Conhecer ou ver o que virá
O fim dela ninguém sabe
Bem ao certo onde vai dar
Vamos todos numa linda passarela
De uma aquarela que um dia enfim
Descolorirá
Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo
Que descolorirá
E se faço chover com dois riscos tenho um guarda-chuva
Que descolorirá
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo
Que descolorirá
Canção da noite
Vinicius de Moraes / Paulo Tapajós
Dorme
Que estou a teu lado
Dorme sem cuidado
Nã nã nã nã nã
Dorme
Oh, meu anjo lindo
Vai calma dormindo
Nã nã nã nã nã
Sonha
Com noites de lua
Que minh'alma é tua
Quem vela sou eu!
Dorme
Com riso na boca
Que a noite é bem pouca
Nã nã nã nã nã
Dorme
E sonha comigo
Com teu doce amigo
Nã nã nã nã nã
© Irmãos Vitale S/A
Quintal de Sonho
A menina dorme
e uma cortina
branca e leve
cobre seus olhos
no quarto enorme
e sem paredes.
Crescem cenouras, tomates,
rabanetes, beterrabas,
legumes coloridos
que colorem sua cabeça
num quintal de Sonho,
na horta do Amor
que não precisa de adubo,
nem de enxada,
nem de capinador.
A menina acorda
à hora da colheita
e dá "Bom-dia!"
aos lindos legumes
que não vai comer.
São da horta do Amor
e um a um vai oferecer.
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
Cleonice Rainho
Cores
Branco do leite, da neve
e dos flocos de algodão.
Amarelo das laranjas maduras,
do ouro e dos girassóis.
Cinzento das nuvens pesadas
e da cinza dos braseiros.
Roxo da quaresmeira florida
e de escondidas violetas.
Azul do céu de dias claros,
do anil e do mar profundo.
Marrom do chocolate gostoso
e das castanhas de Natal.
Rosa da corola de muitas flores
e do rosto de muitos nenéns.
Preto das noites escuras,
da fumaça e do carvão.
Verde das folhas viçosas
e das pedras de esmeralda.
E vermelho vivo do sangue
que colore nossos corações.
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
Quando penso em livros tiro logo os sapatos
e deixo as palavrinhas coceguearem meus pés.
Rosângela Trajano
Rosângela Trajano
As bonecas
Tenho muitas bonecas
Que ganhei de presente
Do papai e da mamãe
Bonecas que parecem gente.
Algumas podem falar ou andar
Outras chegam a sorrir
Prefiro as bonecas de panos
Que a vovó adora costurar.
Toda menina tem uma boneca
Para com ela brincar
São as guardiães dos nossos segredos
Nelas podemos confiar.
http://www.rosangelatrajano.com.br
Compro um barco cheio de vento
Roseana Murray
Compro um barco cheio de vento
com velas cor do firmamento
e uma bússola que aponte sempre
para as luas de saturno.
Compro um barco que conheça
caminhos secretos de mares desconhecidos.
Um barco feito de vento
onde caibam todos os meus amigos.
Compro um barco que saiba decifrar
os segredos escondidos
no coração das noites sem luar.
Pião - Roseana Murray
Um pião se equilibra
na palma da mão,
no chão, na calçada,
e alado vai rodando
por cima dos telhados,
gira entre as nuvens,
cada vez mais alto,
até que num salto
alcança a lua
e rola
até o seu lado oculto.
Faz a curva o pião
e ruma para Saturno,
tropeça nos anéis,
dá três cambalhotas,
se pendura
numa estrela cadente
e, sem graça,
volta para a palma da mão.
Mapa do tesouro - Roseana Murray
Fabrico um mapa do tesouro
para assinalar
as casas de todos os meus
amigos
com pedrinhas transparentes.
.
Para dentro de cada casa
carrego o meu olhar
aceso como girassol.
.
Casa de amigo vale mais
que montanhas de ouro.
Estrela cadente - Roseana Murray
Quando eu estiver
com o olhar distante,
maninha,
com um jeito esquisito
de quem não está presente,
não se assuste,
ó maninha,
fui logo ali,
no quintal do céu,
colher uma estrela cadente.
Riachinho - Roseana Murray
As águas claras
me contam segredos
de sol, de céu, de ar
e cantam acalantos
de ninar
enquanto correm ligeiras
da montanha para o mar.
Caixinha Mágica - Roseana Murray
Fabrico uma caixa mágica
para guardar o que não cabe
em nenhum lugar:
a minha sombra
em dias de muito sol,
o amarelo que sobra
do girassol,
um suspiro de beija-flor,
invisíveis lágrimas de amor.
.
Fabrico a caixa com vento,
palavras e desequilíbrio,
e para fechá-la
com tudo o que leva dentro,
basta uma gota de tempo.
.
O que é que você quer
esconder na minha caixa?
Mecânico de sonhos - Rosângela Trajano
O mecânico pegou a chave
Mas não a de fendas
Uma chave suave
Que não apertava parafusos
Mas consertava lendas.
.
O mecânico consertou
Um carro diferente
Não era um carro qualquer
Era um carro-gente
A mente seu motor.
.
O mecânico lubrificou
Os sonhos de uma menina
Com a graxa que pegou
Na sua esquisita oficina.
Comer chocolate - Rosângela Trajano
Comer chocolate
Guardar um
Dentro da fronha
Do meu travesseiro
Quem sabe ele sonha
Ou até vira brigadeiro.
Bailarina - Rosângela Trajano
.
Baila na ponta do pé
Baila e baila no ar
Tão arrumadinha
A linda menina
Baila bailarina
Minha avezinha.
.
Bailarina pequenina
Que voa no ar
Magrinha e sorridente
Pássaro a voar.
.
Bailarina bonitinha
Me ensinou a bailar
Como é difí¬cil
Minha bailarina
Na vida se equilibrar!
.
A bailarina
Mais parece
Uma flor
Leve, levinha
Um amor
Uma gracinha.
Férias - Rosângela Trajano
Eu vou viajar!
Eu vou dormir
Até mais tarde!
Nem vou me importar
Se o despertador
Não parar de tocar!
É férias!
Eu vou à praia
Tomar banho de mar
Vou ver o sol
Vou me bronzear!
É férias!
Eu vou passear
Andar por aí
Sem hora pra voltar
Sem medo de me atrasar!
Vou cochilar
Depois do almoço
Ficar de pijama
O dia inteiro
Dentro de casa
Passar horas no chuveiro!
É férias!
Nada de preocupação
Nenhuma reunião
Só viajar de avião
E dar alegria
Ao meu coração!
Receita para ser feliz - Rosângela Trajano
1 kg de coragem
1 xícara de esperança
½ colher de chá de humildade 2 copos de verdade
3 litros de tolerância.
.
Bata tudo no pensamento
Unte seu coração
Despeje nele os ingredientes
Agora é só esperar um momento
Conte até três
Está pronto!
.
Sirva para todos de casa:
A felicidade.
Escova de Dentes - Rosângela Trajano
.
Meus dentinhos vou limpar
Escovando-os, depois que me alimentar
E antes de, à noite, me deitar
Para nunca com dor reclamar.
.
Quero um sorriso bonito
Com dentes de artista
Por isso sempre visito
O consultório do dentista.
.
Aplico o flúor
Uso fio dental
Troco sempre a escova de dentes
Faço toda a higiene bucal.
Urso Panda - Rosângela Trajano
,
Eu nunca vi
Um urso panda
Mas gosto muito dele
É uma pena que
Existam tão poucos
Numa banda
Do mundo
Ursos pandas
Já não existem.
Será que quando
Eu crescer
Vou conhecer
Um urso panda?
Ou será que os ursos
Terão todos desaparecidos
Deste mundo desprevenido?
Eu sei, eu sei
Logo vou conhecer
Um urso panda
Porque o homem
Não vai viver
Procurando ursos pandas
Ele vai ver
Que isso é intolerável
Abominável, insuportável!
Urso panda
Me aguarde
Logo chego aí
Ainda não é tarde.
A Chuva - Rosângela Trajano
Gosto de olhar a chuva
A escorregar pela rua
Na esquina fazer uma curva
Esconder o sol da lua.
,
Pingos de chuva caem
Pelas janelas de vidro
Curioso dou espiadas
Nas pessoas agasalhadas.
,
A chuva deixa mais verde
As árvores dos canteiros
Os açudes sem sede
Sorrisos nos lírios dos jardineiros
CAIXINHA MÁGICA
Fabrico uma caixa mágica
para guardar o que não cabe
em nenhum lugar:
a minha sombra
em dias de muito sol,
o amarelo que sobra
do girassol,
um suspiro de beija-flor,
invisíveis lágrimas de amor.
Fabrico a caixa com vento,
palavras e desequilíbrio,
e para fechá-la
com tudo o que leva dentro,
basta uma gota de tempo.
Corujinha
Vinicius de Moraes / Toquinho
Corujinha, corujinha
Que peninha de você
Fica toda encolhidinha
Sempre olhando não sei quê
O seu canto de repente
Faz a gente estremecer
Corujinha, pobrezinha
Todo mundo que te vê
Diz assim, ah, coitadinha
Que feinha que é você
Quando a noite vem chegando
Chega o teu amanhecer
E se o sol vem despontando
Vais voando te esconder
Hoje em dia andas vaidosa
Orgulhosa como quê
Toda noite tua carinha
Aparece na TV
Corujinha, coitadinha
Que feinha que é você
© Tonga Editora Musical LTDA
O peru
Vinicius de Moraes / Toquinho / Paulo Soledade
Glu! Glu! Glu!
Abram alas pro peru!
O peru foi a passeio
Pensando que era pavão
Tico-tico riu-se tanto
Que morreu de congestão
O peru dança de roda
Numa roda de carvão
Quando acaba fica tonto
De quase cair no chão
O peru se viu um dia
Nas águas do ribeirão
Foi-se olhando, foi dizendo
Que beleza de pavão
Foi dormir e teve um sonho
Logo que o sol se escondeu
Que sua cauda tinha cores
Como a desse amigo seu
Cecília Meireles
Colar de Carolina
Com seu colar de coral,
Carolina
corre por entre as colunas
da colina.
O colar de Carolina
colore o colo de cal,
torna corada a menina.
E o sol, vendo aquela cor
do colar de Carolina,
põe coroas de coral
nas colunas da colina.
Cecília Meireles - O Cavalinho Branco
À tarde, o cavalinho branco
está muito cansado:
mas há um pedacinho do campo
onde é sempre feriado.
O cavalo sacode a crina
loura e comprida
e nas verdes ervas atira
sua branca vida.
Seu relincho estremece as raízes
e ele ensina aos ventos
a alegria de sentir livres
seus movimentos.
Trabalhou todo o dia, tanto!
desde a madrugada!
Descansa entre as flores, cavalinho branco,
de crina dourada!
Cecília Meireles - Leilão de Jardim
Quem me compra um jardim com flores?
borboletas de muitas cores,
lavadeiras e passarinhos,
ovos verdes e azuis nos ninhos?
Quem me compra este caracol?
Quem me compra um raio de sol?
Um lagarto entre o muro e a hera,
uma estátua da Primavera?
Quem me compra este formigueiro?
E este sapo, que é jardineiro?
E a cigarra e a sua canção?
E o grilinho dentro do chão?
(Este é meu leilão!)
Cecília Meireles - O Mosquito Escreve
O mosquito pernilongo
trança as pernas, faz um M,
depois, treme, treme, treme,
faz um O bastante oblongo,
faz um S.
O mosquito sobe e desce.
Com artes que ninguém vê,
faz um Q,
faz um U, e faz um I.
Este mosquito
esquisito
cruza as patas, faz um T.
E aí,
se arredonda e faz outro O,
mais bonito.
Oh!
Já não é analfabeto,
esse inseto,
pois sabe escrever seu nome.
Mas depois vai procurar
alguém que possa picar,
pois escrever cansa,
não é, criança?
E ele está com muita fome.
Cecília Meireles - Sonhos da Menina
A flor com que a menina sonha
está no sonho?
ou na fronha?
Sonho
risonho:
O vento sozinho
no seu carrinho.
De que tamanho
seria o rebanho?
A vizinha
apanha
a sombrinha
de teia de aranha . . .
Na lua há um ninho
de passarinho.
A lua com que a menina sonha
é o linho do sonho
ou a lua da fronha?
Cecília Meireles - O Menino Azul
O menino quer um burrinho
para passear.
Um burrinho manso,
que não corra nem pule,
mas que saiba conversar.
O menino quer um burrinho
que saiba dizer
o nome dos rios,
das montanhas, das flores,
— de tudo o que aparecer.
O menino quer um burrinho
que saiba inventar histórias bonitas
com pessoas e bichos
e com barquinhos no mar.
E os dois sairão pelo mundo
que é como um jardim
apenas mais largo
e talvez mais comprido
e que não tenha fim.
(Quem souber de um burrinho desses,
pode escrever
para a Ruas das Casas,
Número das Portas,
ao Menino Azul que não sabe ler.)
Cecília Meireles - Ou Isto ou Aquilo
Ou se tem chuva e não se tem sol
ou se tem sol e não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!
Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo em dois lugares!
Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e gasto o dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo . . .
e vivo escolhendo o dia inteiro!
Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranqüilo.
Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.
ATENÇÃO
Lembrem-se da seguinte regra gramatical: o gerúndio NUNCA vem depois de um verbo no infinitivo .
Este artigo foi feito para que você possa estar recortando (recortar), estar imprimindo (imprimir) e estar fazendo (fazer) diversas cópias, para estar deixando (deixar) sobre a mesa de alguém que não consiga estar falando (falar) sem estar espalhando (espalhar) essa praga terrível que parece estar disseminando-se (disseminar-se/) na comunicação moderna, o gerundismo.
Você pode também estar passando (passar) por fax, estar mandando (mandando (mandar) pelo correio ou estar enviando (enviar) pela Internet. O importante é estar garantindo (garantir) que a pessoa em questão vá estar recebendo (receba) esta mensagem, de modo que ela possa estar (esteja) lendo e, quem sabe, consiga até mesmo estar se dando conta (se dar conta) da maneira como tudo o que ela costuma estar falando (falar) deve estar soando (soar) aos ouvidos de quem precisa estar ouvindo (ouvir). |Sinta-se livre para estar fazendo (fazer) tantas cópias quantas você vá estar achando (ache) necessárias, de modo a estar atingindo (atingir) o maior número de pessoas infectadas por esta epidemia de transmissão oral.
Mais do que estar repreendendo (repreender) ou estar caçoando (caçoar), o objetivo deste movimento é estar fazendo (fazer) com que esteja caindo (caia) a ficha nas pessoas que costumam estar falando (falar) desse jeito sem estar percebendo (perceber). Nós temos que estar nos unindo (unir) para estar mostrando (mostrar) a nossos interlocutores que, sim, pode estar existindo (existir) uma maneira de estar aprendendo (aprender) a estar parando (parar) de estar falando (falar) desse jeito.
Até porque, caso contrário, todos nós vamos estar sendo (seremos) obrigados a estar emigrando (emigrar) para algum lugar onde não vão estar nos obrigando (nos obriguem) a estar ouvindo (ouvir) frases assim o dia inteirinho.
Pelo amor de Deus, dê uma mãozinha e repasse para filhos universitários que esqueceram as regras gramaticais, para que repassem (e não que estejam repassando ) aos colegas e pais de colegas na mesma situação. Está errado você expressar dessa forma " a nível de" pessoa adulta e " enquanto" brasileiro, pois isso não existe na nossa língua. Deve ser muito chato a gente ser tachado de inculto, ignorante ou mesmo burro depois de ter acumulado tantos conhecimentos através dos anos. Melhor fazer as coisas direitinho, em nível de pessoas bem formadas como brasileiros que somos. Obrigado.
Este artigo foi feito para que você possa estar recortando (recortar), estar imprimindo (imprimir) e estar fazendo (fazer) diversas cópias, para estar deixando (deixar) sobre a mesa de alguém que não consiga estar falando (falar) sem estar espalhando (espalhar) essa praga terrível que parece estar disseminando-se (disseminar-se/) na comunicação moderna, o gerundismo.
Você pode também estar passando (passar) por fax, estar mandando (mandando (mandar) pelo correio ou estar enviando (enviar) pela Internet. O importante é estar garantindo (garantir) que a pessoa em questão vá estar recebendo (receba) esta mensagem, de modo que ela possa estar (esteja) lendo e, quem sabe, consiga até mesmo estar se dando conta (se dar conta) da maneira como tudo o que ela costuma estar falando (falar) deve estar soando (soar) aos ouvidos de quem precisa estar ouvindo (ouvir). |Sinta-se livre para estar fazendo (fazer) tantas cópias quantas você vá estar achando (ache) necessárias, de modo a estar atingindo (atingir) o maior número de pessoas infectadas por esta epidemia de transmissão oral.
Mais do que estar repreendendo (repreender) ou estar caçoando (caçoar), o objetivo deste movimento é estar fazendo (fazer) com que esteja caindo (caia) a ficha nas pessoas que costumam estar falando (falar) desse jeito sem estar percebendo (perceber). Nós temos que estar nos unindo (unir) para estar mostrando (mostrar) a nossos interlocutores que, sim, pode estar existindo (existir) uma maneira de estar aprendendo (aprender) a estar parando (parar) de estar falando (falar) desse jeito.
Até porque, caso contrário, todos nós vamos estar sendo (seremos) obrigados a estar emigrando (emigrar) para algum lugar onde não vão estar nos obrigando (nos obriguem) a estar ouvindo (ouvir) frases assim o dia inteirinho.
Pelo amor de Deus, dê uma mãozinha e repasse para filhos universitários que esqueceram as regras gramaticais, para que repassem (e não que estejam repassando ) aos colegas e pais de colegas na mesma situação. Está errado você expressar dessa forma " a nível de" pessoa adulta e " enquanto" brasileiro, pois isso não existe na nossa língua. Deve ser muito chato a gente ser tachado de inculto, ignorante ou mesmo burro depois de ter acumulado tantos conhecimentos através dos anos. Melhor fazer as coisas direitinho, em nível de pessoas bem formadas como brasileiros que somos. Obrigado.
Relato de uma jovem traida. Mostrem aos seu filhos, alunos, amigos
Meu nome é Patrícia, tenho 17 anos, e encontro-me no momento quase sem forças, mas pedi para a enfermeira Dane minha amiga escrever esta carta que será endereçada aos jovens de todo o Brasil, antes que seja tarde demais:
Eu era uma jovem 'sarada', criada em uma excelente família de classe média alta Florianópolis. Meu pai é Engenheiro Eletrônico de uma grande estatal e procurou sempre para mim e para meus dois irmãos dar tudo de bom e o que tem e melhor,inclusive liberdade que eu nunca soube aproveitar.
Aos 13 anos participei e ganhei um concurso para modelo e manequim para a Agência Kasting e fui até o final do concurso que selecionou as novas Paquitas do programa da Xuxa. Fui também selecionada para fazer um Book na Agência Elite em São Paulo.
Sempre me destaquei pela minha beleza física, chamava a atenção por onde passava. Estudava no melhor colégio de 'Floripa', Coração de Jesus. Tinha todos os garotos do colégio aos meus pés.
Nos finais de semana freqüentava shopping, praias, cinema, curtia com minhas amigas tudo o que a vida tinha de melhor a oferecer às pessoas saradas, física e mentalmente.
Porém, como a vida nos prega algumas peças, o meu destino começou a mudar em outubro de 2004. Fui com uma turma de amigos para a OKTOBERFEST em Blumenau.
Os meus pais confiavam em mim e me liberaram sem mais apego. Em Blumenau, achei tudo legal, fizemos um esquenta no 'Bude', famoso barzinho na Rua XV.
À noite fomos ao 'PROEB' e no 'Pavilhão Galegão tinha um show maneiro da Banda Cavalinho Branco. Aquela movimentação de gente era "trimaneira''.
Eu já tinha experimentado algumas bebidas, tomava escondido da minha mãe o Licor Amarula, mas nunca tinha ficado bêbada. Na quinta feira, primeiro dia e OKTOBER, tomei o meu primeiro porre de CHOPP.
Que sensação legal curti a noite inteira 'doidona', beijei uns 10 carinhas, inclusive minhas amigas colocavam o CHOPP numa mamadeira misturado com guaraná para enganar os 'meganha', porque menor não podia beber; mas a gente bebeu a noite inteira e os otários' não percebiam.
Lá pelas 4h da manhã, fui levada ao Posto Médico, quase em coma alcoólico, numa maca dos Bombeiros.. Deram-me umas injeções de glicose para melhorar. Quando fui ao apartamento quase 'vomitei as tripas', mas o meu grito de liberdade estava dado. No dia seguinte aquela dor de cabeça horrível, um mal estar daqueles como tensão pré-menstrual. No sábado conhecemos uma galera de S. Paulo, que alugaram um ap' no mesmo prédio. Nem imaginava que naquele dia eu estava sendo apresentada ao meu futuro assassino. Bebi um pouco no sábado, a festa não estava legal, mas lá pelas 5:30 h da manhã fomos ao 'ap' dos garotos para curtir o restante da noite. Rolou de tudo e fui apresentada ao famoso baseado 'Cigarro de Maconha', que me ofereceram.
No começo resisti, mas chamaram a gente de 'Catarina careta', mexeram com nossos brios e acabamos experimentando. Fiquei com uma sensação esquisita, de baixo astral, mas no dia seguinte antes de ir embora experimentei novamente.
O garoto mais velho da turma o 'Marcos', fazia carreirinho e cheirava um pó branco que descobri ser cocaína. Ofereceram-me,mas não tive coragem naquele dia.
Retornamos a 'Floripa' mas percebi que alguma coisa tinha mudado, eu sentia a necessidade de buscar novas experiências, e não demorou muito para eu novamente
deparar-me com meu assassino 'DRUGS'.
Aos poucos, meus melhores amigos foram se afastando quando comecei a me envolver com uma galera da pesada, e sem perceber, eu já era uma dependente química, a partir do momento que a droga começou a fazer parte do meu cotidiano.
Fiz viagens alucinantes, fumei maconha misturada com esterco de cavalo, experimentei cocaína misturada com um monte de porcaria.
Eu e a galera descobrimos que misturando cocaína com sangue o efeito dela ficava mais forte, e aos poucos não compartilhávamos a seringa e sim, o sangue que cada um cedia para diluir o pó.
No início a minha mesada cobria os meus custos com as malditas, porque a galera repartia e o preço era acessível. Comecei a comprar a 'branca' a R$ 10,00 o grama, mas não demorou muito para conseguir somente a R$ 20,00 a boa, e eu precisava no minimo 5 doses diárias.
Saía na sexta-feira e retornava aos domingos com meus 'novos amigos'. Às vezes a gente conseguia o 'extasy', dançávamos nos 'Points' a noite inteira e depois... farra!
O meu comportamento tinha mudado em casa, meus pais perceberam, mas no início eu disfarçava e dizia que eles não tinham nada a ver com a minha vida...
Comecei a roubar em casa pequenas coisas para vender ou trocar por drogas... Aos poucos o dinheiro foi faltando e para conseguir grana fazia programas com uns velhos que pagavam bem.
Sentia nojo de vender o meu corpo, mas era necessário para conseguir dinheiro. Aos poucos toda a minha família foi se desestruturando. Fui internada diversas vezes em Clínicas de Recuperação.
Meus pais, sempre com muito amor, gastavam fortunas para tentar reverter o quadro.
Quando eu saía da Clínica agüentava alguns dias, mas logo estava me picando novamente. Abandonei tudo: escola, bons amigos e família.
Em dezembro de 2007 a minha sentença de morte foi decretada; descobri que havia contraído o vírus da AIDS, não sei se me picando, ou através de relações sexuais
muitas vezes sem camisinha.
Devo ter passado o vírus a um montão de gente, porque os homens pagavam mais para transar sem camisinha.
Aos poucos os meus valores, que só agora reconheço, foram acabando, família, amigos, pais, religião, Deus, até Deus, tudo me parecia ridículo.
Meu pai e minha mãe fizeram tudo, por isso nunca vou deixar de amá-los.
Eles me deram o bem mais precioso que é a vida e eu a joguei pelo ralo. Estou internada, com 24 kg, horrível, não quero receber visitas porque não podem me ver assim, não sei até quando sobrevivo, mas do fundo do coração peço aos jovens que não entrem nessa viagem maluca...
Você com certeza vai se arrepender assim como eu, mas percebo que é tarde demais pra mim.
OBS.: Patrícia encontrava-se internada no Hospital Universitário de Florianópolis e a enfermeira Danelise, que cuidava de Patrícia, veio a comunicar que Patrícia
veio a falecer 14 horas mais tarde depois que escreveram essa carta, de parada cardíaca respiratória em conseqüência da AIDS.
Por favor, repassem esta carta. Este era o último desejo de Patrícia.
POR FAVOR AMIGOS, PEÇO-LHES ENCARECIDAMENTE QUE ENVIEM
ESSA CARTA A TODOS...SE ELA CHEGOU A SUA MÃO NÃO É POR
ACASO! SIGNIFICA QUE VOCÊ FOI
ESCOLHIDO PARA AJUDAR ALGUÉM!!!
--------------------------------------------------------------------------------
Eu era uma jovem 'sarada', criada em uma excelente família de classe média alta Florianópolis. Meu pai é Engenheiro Eletrônico de uma grande estatal e procurou sempre para mim e para meus dois irmãos dar tudo de bom e o que tem e melhor,inclusive liberdade que eu nunca soube aproveitar.
Aos 13 anos participei e ganhei um concurso para modelo e manequim para a Agência Kasting e fui até o final do concurso que selecionou as novas Paquitas do programa da Xuxa. Fui também selecionada para fazer um Book na Agência Elite em São Paulo.
Sempre me destaquei pela minha beleza física, chamava a atenção por onde passava. Estudava no melhor colégio de 'Floripa', Coração de Jesus. Tinha todos os garotos do colégio aos meus pés.
Nos finais de semana freqüentava shopping, praias, cinema, curtia com minhas amigas tudo o que a vida tinha de melhor a oferecer às pessoas saradas, física e mentalmente.
Porém, como a vida nos prega algumas peças, o meu destino começou a mudar em outubro de 2004. Fui com uma turma de amigos para a OKTOBERFEST em Blumenau.
Os meus pais confiavam em mim e me liberaram sem mais apego. Em Blumenau, achei tudo legal, fizemos um esquenta no 'Bude', famoso barzinho na Rua XV.
À noite fomos ao 'PROEB' e no 'Pavilhão Galegão tinha um show maneiro da Banda Cavalinho Branco. Aquela movimentação de gente era "trimaneira''.
Eu já tinha experimentado algumas bebidas, tomava escondido da minha mãe o Licor Amarula, mas nunca tinha ficado bêbada. Na quinta feira, primeiro dia e OKTOBER, tomei o meu primeiro porre de CHOPP.
Que sensação legal curti a noite inteira 'doidona', beijei uns 10 carinhas, inclusive minhas amigas colocavam o CHOPP numa mamadeira misturado com guaraná para enganar os 'meganha', porque menor não podia beber; mas a gente bebeu a noite inteira e os otários' não percebiam.
Lá pelas 4h da manhã, fui levada ao Posto Médico, quase em coma alcoólico, numa maca dos Bombeiros.. Deram-me umas injeções de glicose para melhorar. Quando fui ao apartamento quase 'vomitei as tripas', mas o meu grito de liberdade estava dado. No dia seguinte aquela dor de cabeça horrível, um mal estar daqueles como tensão pré-menstrual. No sábado conhecemos uma galera de S. Paulo, que alugaram um ap' no mesmo prédio. Nem imaginava que naquele dia eu estava sendo apresentada ao meu futuro assassino. Bebi um pouco no sábado, a festa não estava legal, mas lá pelas 5:30 h da manhã fomos ao 'ap' dos garotos para curtir o restante da noite. Rolou de tudo e fui apresentada ao famoso baseado 'Cigarro de Maconha', que me ofereceram.
No começo resisti, mas chamaram a gente de 'Catarina careta', mexeram com nossos brios e acabamos experimentando. Fiquei com uma sensação esquisita, de baixo astral, mas no dia seguinte antes de ir embora experimentei novamente.
O garoto mais velho da turma o 'Marcos', fazia carreirinho e cheirava um pó branco que descobri ser cocaína. Ofereceram-me,mas não tive coragem naquele dia.
Retornamos a 'Floripa' mas percebi que alguma coisa tinha mudado, eu sentia a necessidade de buscar novas experiências, e não demorou muito para eu novamente
deparar-me com meu assassino 'DRUGS'.
Aos poucos, meus melhores amigos foram se afastando quando comecei a me envolver com uma galera da pesada, e sem perceber, eu já era uma dependente química, a partir do momento que a droga começou a fazer parte do meu cotidiano.
Fiz viagens alucinantes, fumei maconha misturada com esterco de cavalo, experimentei cocaína misturada com um monte de porcaria.
Eu e a galera descobrimos que misturando cocaína com sangue o efeito dela ficava mais forte, e aos poucos não compartilhávamos a seringa e sim, o sangue que cada um cedia para diluir o pó.
No início a minha mesada cobria os meus custos com as malditas, porque a galera repartia e o preço era acessível. Comecei a comprar a 'branca' a R$ 10,00 o grama, mas não demorou muito para conseguir somente a R$ 20,00 a boa, e eu precisava no minimo 5 doses diárias.
Saía na sexta-feira e retornava aos domingos com meus 'novos amigos'. Às vezes a gente conseguia o 'extasy', dançávamos nos 'Points' a noite inteira e depois... farra!
O meu comportamento tinha mudado em casa, meus pais perceberam, mas no início eu disfarçava e dizia que eles não tinham nada a ver com a minha vida...
Comecei a roubar em casa pequenas coisas para vender ou trocar por drogas... Aos poucos o dinheiro foi faltando e para conseguir grana fazia programas com uns velhos que pagavam bem.
Sentia nojo de vender o meu corpo, mas era necessário para conseguir dinheiro. Aos poucos toda a minha família foi se desestruturando. Fui internada diversas vezes em Clínicas de Recuperação.
Meus pais, sempre com muito amor, gastavam fortunas para tentar reverter o quadro.
Quando eu saía da Clínica agüentava alguns dias, mas logo estava me picando novamente. Abandonei tudo: escola, bons amigos e família.
Em dezembro de 2007 a minha sentença de morte foi decretada; descobri que havia contraído o vírus da AIDS, não sei se me picando, ou através de relações sexuais
muitas vezes sem camisinha.
Devo ter passado o vírus a um montão de gente, porque os homens pagavam mais para transar sem camisinha.
Aos poucos os meus valores, que só agora reconheço, foram acabando, família, amigos, pais, religião, Deus, até Deus, tudo me parecia ridículo.
Meu pai e minha mãe fizeram tudo, por isso nunca vou deixar de amá-los.
Eles me deram o bem mais precioso que é a vida e eu a joguei pelo ralo. Estou internada, com 24 kg, horrível, não quero receber visitas porque não podem me ver assim, não sei até quando sobrevivo, mas do fundo do coração peço aos jovens que não entrem nessa viagem maluca...
Você com certeza vai se arrepender assim como eu, mas percebo que é tarde demais pra mim.
OBS.: Patrícia encontrava-se internada no Hospital Universitário de Florianópolis e a enfermeira Danelise, que cuidava de Patrícia, veio a comunicar que Patrícia
veio a falecer 14 horas mais tarde depois que escreveram essa carta, de parada cardíaca respiratória em conseqüência da AIDS.
Por favor, repassem esta carta. Este era o último desejo de Patrícia.
POR FAVOR AMIGOS, PEÇO-LHES ENCARECIDAMENTE QUE ENVIEM
ESSA CARTA A TODOS...SE ELA CHEGOU A SUA MÃO NÃO É POR
ACASO! SIGNIFICA QUE VOCÊ FOI
ESCOLHIDO PARA AJUDAR ALGUÉM!!!
--------------------------------------------------------------------------------
DIA DO TRABALHO
[link=http://www.supermensagens.net][/link]
[b]Recados para Orkut? http://www.supermensagens.net[/b]
[b]Recados para Orkut? http://www.supermensagens.net[/b]
Carta de Mãe...Para Mãe! DIREITOS HUMANOS SÃO PARA HUMANOS DIREITOS
*Prisão é para punição e para dar exemplo. Pensar em recuperação é romantismo e utopia.*
**PRESTE ATENÇÃO!**
**Carta enviada de uma mãe para outra mãe em SP,**
**após noticiário na TV:***
**DE MÃE PARA MÃE:**
***Vi seu enérgico protesto diante das câmeras de televisão, contra a transferência do seu filho, menor infrator, das dependências da FEBEM em São Paulo para outra dependência da FEBEM no interior do Estado.**
***Vi você se queixando da distância que agora a separa do seu filho, das dificuldades e das despesas que passou a ter para visitá-lo, bem como de outros inconvenientes***
**decorrentes daquela transferência.**
***Vi também toda a cobertura que a mídia deu para o fato, assim como vi que não só você, mas igualmente outras mães na mesma situação que você, contam com o apoio de Comissões Pastorais, Órgãos e Entidades de Defesa de Direitos Humanos, ONGs, etc...**
***Eu também sou mãe e, assim, bem posso compreender seu protesto. Quero com ele fazer coro.**
***Enorme é a distância que me separa do meu filho.**
***Trabalhando e ganhando pouco, idênticas são as dificuldades e as despesas que tenho para visitá-lo. Com muito sacrifício, só posso fazê-lo aos domingos porque labuto, inclusive aos sábados, para auxiliar no sustento e educação do resto da família...***
***Felizmente conto com o meu inseparável companheiro, que desempenha para mim importante papel de amigo e conselheiro espiritual.***
***Se você ainda não sabe, sou a mãe daquele jovem que o seu filho matou estupidamente num assalto a uma vídeo-locadora, onde ele, meu filho, trabalhava durante o dia para pagar os estudos à noite.***
***No próximo domingo, quando você estiver abraçando, beijando e fazendo carícias no seu filho, eu estarei visitando o meu e depositando flores no seu humilde túmulo, num cemitério da periferia de São Paulo...***
***Ah! Ia me esquecendo, e também ganhando pouco e sustentando a casa, pode ficar tranqüila, viu, que eu estarei pagando de novo, o colchão que seu querido filho queimou lá na última rebelião da Febem.***
**Nem no cemitério, nem na minha casa, NUNCA apareceu nenhum representante destas "Entidades" que tanto lhe confortam, para me dar uma palavra de conforto, e talvez me indicar: **"Os meus direitos"!***
**Talvez a gente consiga acabar com esta inversão de valores que assola o Brasil.***
***DIREITOS HUMANOS SÃO PARA HUMANOS DIREITOS**
**PRESTE ATENÇÃO!**
**Carta enviada de uma mãe para outra mãe em SP,**
**após noticiário na TV:***
**DE MÃE PARA MÃE:**
***Vi seu enérgico protesto diante das câmeras de televisão, contra a transferência do seu filho, menor infrator, das dependências da FEBEM em São Paulo para outra dependência da FEBEM no interior do Estado.**
***Vi você se queixando da distância que agora a separa do seu filho, das dificuldades e das despesas que passou a ter para visitá-lo, bem como de outros inconvenientes***
**decorrentes daquela transferência.**
***Vi também toda a cobertura que a mídia deu para o fato, assim como vi que não só você, mas igualmente outras mães na mesma situação que você, contam com o apoio de Comissões Pastorais, Órgãos e Entidades de Defesa de Direitos Humanos, ONGs, etc...**
***Eu também sou mãe e, assim, bem posso compreender seu protesto. Quero com ele fazer coro.**
***Enorme é a distância que me separa do meu filho.**
***Trabalhando e ganhando pouco, idênticas são as dificuldades e as despesas que tenho para visitá-lo. Com muito sacrifício, só posso fazê-lo aos domingos porque labuto, inclusive aos sábados, para auxiliar no sustento e educação do resto da família...***
***Felizmente conto com o meu inseparável companheiro, que desempenha para mim importante papel de amigo e conselheiro espiritual.***
***Se você ainda não sabe, sou a mãe daquele jovem que o seu filho matou estupidamente num assalto a uma vídeo-locadora, onde ele, meu filho, trabalhava durante o dia para pagar os estudos à noite.***
***No próximo domingo, quando você estiver abraçando, beijando e fazendo carícias no seu filho, eu estarei visitando o meu e depositando flores no seu humilde túmulo, num cemitério da periferia de São Paulo...***
***Ah! Ia me esquecendo, e também ganhando pouco e sustentando a casa, pode ficar tranqüila, viu, que eu estarei pagando de novo, o colchão que seu querido filho queimou lá na última rebelião da Febem.***
**Nem no cemitério, nem na minha casa, NUNCA apareceu nenhum representante destas "Entidades" que tanto lhe confortam, para me dar uma palavra de conforto, e talvez me indicar: **"Os meus direitos"!***
**Talvez a gente consiga acabar com esta inversão de valores que assola o Brasil.***
***DIREITOS HUMANOS SÃO PARA HUMANOS DIREITOS**
Notas baixas no 1º Bimestre?
Na maioria dos colégios, o primeiro bimestre escolar já acabou e alguns dos alunos começam a se preocupar com as notas baixas desse início de ano letivo. O importante, agora, é tentar se recuperar e organizar os estudos.
-- A psicóloga e pedagoga Eloiza Oliveira, do Laboratório de Estudos da Aprendizagem Humana, diz que pequenas atitudes podem ajudar e muito nesse processo.
Cada um estuda de um jeito diferente, não é mesmo? Para Eloiza, o primeiro passo é descobrir qual é o melhor método para você: “Tem estudante que assimila mais o conteúdo escrevendo resumo, outros sublinhando... uns precisam fazer muito exercícios e tem até os que aprendem melhor lendo em voz alta".
A pedagoga também ressalta que é importante prestar bastante atenção nas aulas. “É uma forma de poupar tempo de estudo em casa. O aluno já vai ter aprendido em sala e, em casa, pode se concentrar em reler a matéria e fazer exercícios. Mas tem que fazer mesmo. Nada de copiar a resposta”, adverte. Outra vantagem em prestar atenção nas explicações dos professores é que as dúvidas vão surgir na escola e poderão ser tiradas diretamente na sala de aula, na mesma hora.
Para os que não conseguem ficar com a boca fechada, Eloiza pondera: “Claro que não dá para ficar mudo durante a aula inteira. O ideal é escolher o momento certo de conversar com o colega e a hora de prestar atenção".
A psicóloga também recomenda não deixar muito conteúdo acumulado e correr atrás do prejuízo só depois. “Estudar um pouquinho todo dia é um ótimo começo. Aprender aos poucos é mais fácil. Não é recomendável deixar a matéria acumular. Com a proximidade das provas, o estudante fica mais nervoso e diminui a capacidade de aprendizado”.
Em casa, é preciso encontrar um lugar calmo e criar uma rotina. “Procure um ambiente silencioso e sem tentações, como TV e computador, e crie o hábito de estudar sempre na mesma hora”, afirma a pedagoga.
Nada de preguiça, então! Estude com responsabilidade e evite dores de cabeça no final do ano.
-- A psicóloga e pedagoga Eloiza Oliveira, do Laboratório de Estudos da Aprendizagem Humana, diz que pequenas atitudes podem ajudar e muito nesse processo.
Cada um estuda de um jeito diferente, não é mesmo? Para Eloiza, o primeiro passo é descobrir qual é o melhor método para você: “Tem estudante que assimila mais o conteúdo escrevendo resumo, outros sublinhando... uns precisam fazer muito exercícios e tem até os que aprendem melhor lendo em voz alta".
A pedagoga também ressalta que é importante prestar bastante atenção nas aulas. “É uma forma de poupar tempo de estudo em casa. O aluno já vai ter aprendido em sala e, em casa, pode se concentrar em reler a matéria e fazer exercícios. Mas tem que fazer mesmo. Nada de copiar a resposta”, adverte. Outra vantagem em prestar atenção nas explicações dos professores é que as dúvidas vão surgir na escola e poderão ser tiradas diretamente na sala de aula, na mesma hora.
Para os que não conseguem ficar com a boca fechada, Eloiza pondera: “Claro que não dá para ficar mudo durante a aula inteira. O ideal é escolher o momento certo de conversar com o colega e a hora de prestar atenção".
A psicóloga também recomenda não deixar muito conteúdo acumulado e correr atrás do prejuízo só depois. “Estudar um pouquinho todo dia é um ótimo começo. Aprender aos poucos é mais fácil. Não é recomendável deixar a matéria acumular. Com a proximidade das provas, o estudante fica mais nervoso e diminui a capacidade de aprendizado”.
Em casa, é preciso encontrar um lugar calmo e criar uma rotina. “Procure um ambiente silencioso e sem tentações, como TV e computador, e crie o hábito de estudar sempre na mesma hora”, afirma a pedagoga.
Nada de preguiça, então! Estude com responsabilidade e evite dores de cabeça no final do ano.
Assinar:
Postagens (Atom)